Assessor e Consultor Educacional
roney.signorini@superig.com.br
A origem dessa expressão vem de um músico que tocava tuba
quando percebeu que o som do instrumento estava muito esquisito e não sabia a
razão. Mas descobriu-se que tinha um gato dentro da tuba, o maior instrumento
de sopro, emitindo o som por uma campana com um grande orifício/duto que leva
aos registros. É convite expresso para abrigar um gato de pequeno porte.
Então, é quando algo parece estar errado, algo não esta soando bem.
Então, é quando algo parece estar errado, algo não esta soando bem.
É o caso das notícias envolvendo faculdades clandestinas
que o Ministério Público investiga baseado em 70 denúncias
de cursos universitários que funcionam em todo o país sem autorização do MEC.
Um absurdo sem tamanho pois arranha todas as demais que funcionam regularmente, podendo ser atingidas por
imprecisão noticiosa, descuido, má intenção que leva ao estelionato
educacional. Sem se falar no lesa-gente, ingênuos de plantão que de certa forma
também conspiram pelas facilidades, via
de cumplicidade e acabam se apresentando como vítimas do processo.
Oportuno lembrar que O MEC possui um site (http://emec.mec.gov.br/) no qual o estudante pode verificar se a instituição em que estuda/estudará está credenciada ou não.
Oportuno lembrar que O MEC possui um site (http://emec.mec.gov.br/) no qual o estudante pode verificar se a instituição em que estuda/estudará está credenciada ou não.
O gato
ficou “hospedado” por quase dois anos dentro da tuba e o instrumentista tocando
a plenos pulmões sem acordar o bichano ? As denúncias recebidas pelas
procuradorias regionais dos Direitos do Cidadão indicam que foram abertos “cursos
de graduação e pós-graduação” sem sequer estarem credenciados ou com problemas
no credenciamento.
Grande
parte das denúncias/acusações surgiram das regiões Centro-Oeste e Norte, feitas
por alunos com problemas para obter seus diplomas e ações do Ministério
Público. Propagandas irregulares e
promessas não cumpridas pelas “instituições” brotavam aos borbotões pela mídia
ocultando as arapucas.
A
procuradoria do Pará passou a investigar as denúncias e, nos últimos dois anos,
fechou 16 “cursos de graduação” por não
terem autorização oficial de funcionamento ou por descumprirem normas estabelecidas
pela regulação do setor, demoradamente, tardiamente porque dois anos em
educação podem significar milhares de ingressantes, incautos(?).
“Nos primeiros dois meses de 2014 foram fechados no Pará os cursos universitários do Instituto Brasileiro de Educação e Saúde (Ibes); e os cursos oferecidos em parceria pelo Instituto Educacional Convictu’s; pela Faculdade Aberta de Filosofia, Teologia, Educação Física e Pedagogia Religiosa (Faentrepe); e pela Escola de Formação Teológica e Profissional (Eftepro).”(O Globo)
“Nos primeiros dois meses de 2014 foram fechados no Pará os cursos universitários do Instituto Brasileiro de Educação e Saúde (Ibes); e os cursos oferecidos em parceria pelo Instituto Educacional Convictu’s; pela Faculdade Aberta de Filosofia, Teologia, Educação Física e Pedagogia Religiosa (Faentrepe); e pela Escola de Formação Teológica e Profissional (Eftepro).”(O Globo)
Segundo
a procuradoria regional dos Direitos do Cidadão do Pará, existe um esquema
fraudulento em que os alunos fazem os cursos de maneira irregular mas conseguem
o diploma de forma simuladamente regular.
E as
irregularidades vão mais longe existindo uma faculdade credenciada pelo MEC em
um estado da federação que passa a prestar serviços em outro estado sem ter a
autorização para tal. Assim, o aluno pega o diploma através de um mecanismo
chamado aproveitamento extraordinário de estudos, medida prevista na Lei
9.394/96 para alunos que efetivamente tenham extraordinário aproveitamento nos
estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação
específicos, aplicados por banca examinadora especial, podendo ter abreviada a
duração dos seus cursos, de acordo com a LDB.
Desse
modo, a fraude investigada pelo MPF prova o contrário: alunos que não adquiriram o conhecimento
passam a ter certificados que atestam o estudo porque encontram uma
flexibilidade enorme nessas “faculdades”. Pagam alguns meses de mensalidade e,
logo depois, uma taxa para fazer um exame, que é oferecido como forma de ter o
diploma mais rápido. Por atuarem irregularmente em determinados estados, as armadilhas
fornecem os diplomas na sede onde são credenciadas. Engodo, embuste,
conto-do-vigário. Foi o caso da Faculdade de Tecnologia ADI, que tem sede no
Distrito Federal e atuava no Pará em parceria com outra instituição, a
Unisaber.
E os desconformes
se avolumam, irresponsavelmente, sem comprometimento com o bom fazer
educacional, com irregularidades na gestão administrativa e acadêmica. Dentre
elas estariam a mudança de local de funcionamento sem autorização do MEC, o não
atendimento de prazos para protocolo de pedido de reconhecimento de curso, a
não entrega dos diplomas aos concluintes dos cursos de graduação e o
desrespeito à determinação de suspensão de matrículas de novos alunos. E o que
é pior, se pavoneiam como tendo a marca da “garantia de construção de uma
educação para o mundo que queremos”.
Com a
palavra as autoridades educacionais.
E.T.
Num reino burocrático e cartorial como o que vivemos, papel e carimbo transitam como os ventos e são imperativos nas relações sociais sempre a exigir carteirinhas, desde que visem lucros, é claro. O desconforto gerado não está essencialmente nisso mas na possibilidade de falsificações, facilidades na
obtenção de documentos fraudados, INSS, etc.. Estão por aí os falsificadores de cédulas, de certidões, carteira nacional de habilitação, diplomas, escrituras, etc. etc. Como a última notícia na área criminal, a mídia noticia o caso de “motoristas” de helicópteros e aviões com credenciais fajutas pondo em risco a vida de milhares de pessoas.
Num reino burocrático e cartorial como o que vivemos, papel e carimbo transitam como os ventos e são imperativos nas relações sociais sempre a exigir carteirinhas, desde que visem lucros, é claro. O desconforto gerado não está essencialmente nisso mas na possibilidade de falsificações, facilidades na
obtenção de documentos fraudados, INSS, etc.. Estão por aí os falsificadores de cédulas, de certidões, carteira nacional de habilitação, diplomas, escrituras, etc. etc. Como a última notícia na área criminal, a mídia noticia o caso de “motoristas” de helicópteros e aviões com credenciais fajutas pondo em risco a vida de milhares de pessoas.