quarta-feira, 15 de julho de 2015

Problema semântico: Inovação, Inventividade ou Criatividade?



 Prof. Roney Signorini
Assessor e Consultor Educacional
roney.signorini@superig.com.br

De algum tempo para cá as pessoas estão se aproximando mais das condições na busca do novo, ainda que sem a sedimentação necessária do que consistiria, hoje, o novo.
É possível dizer também, que os sectários e resistentes, intransigentes e; intolerantes, pra não dizer teimosos e obstinados, na permanência do status quo dominante, começam a perceber os novos ares que sopram sobre a educação, ainda que timidamente, aqui e acolá mas perseveram, mesmo que sem muito lastro de certezas. E navegar é preciso, inclusive com correções de rotas.
As instituições de ensino estão assuntando um pouco lerdamente o tema, receosas e temerárias dos resultados que com ações bem empreendidas vão arremessar muitas delas para o futuro.
Numa leitura bem rápida, os verbetes do título deste artigo sugeririam identidades e semelhanças, mas o leitor pode se confundir facilmente por achar que existem proximidades entre as palavras e uma substituiria a outra. Grande engano. Inventar é criar do zero. Por exemplo, a Apple criou o computador pessoal, o IPhone e o IPad. Coisas do mágico Steve Jobs.
Inovar é aperfeiçoar algo existente e um belo exemplo foi o que a sul-coreana fez com a Samsung.
O que se sabe é que os resultados não podem depender da genialidade e da inventividade dos Jobs, Edisons ou Bells porque são raros e o mercado os descobre a peso de ouro.
Steve Wosniak, sócio de Jobs na Apple, saiu da empresa por puro impulso egoísta (próprio dos gênios?), alegando que não tinha vocação para ser executivo bilionário. Pode? Preferiu continuar a ser inventor e, ao sair da empresa, já tinha em mente o controle remoto universal. Não deu outra. Acertou na mosca, o que o deixou milionário.

A questão principal é que os líderes desejosos de alcançar resultados com criação, inventividade e inovação não desenvolvem processos de ideação. Essa é a palavra que leva à inventividade. Se algum empreendimento precisa de inventividade, sair da caixa ou jogar a caixa fora, a receita é o crowdsourcing(1).
A transformação tecnológica tem comandado o ambiente competitivo na globalização com acirradas disputas, com cuidados exagerados na relação custo-benefício, satisfação do cliente e qualidade. Com isso o foco é mais amplo na criatividade e na inovação como competência estratégica das empresas. E quanto a ela, se não for o mais rapidamente priorizada e incrementada, a empresa poderá facilmente ficar obsoleta pois a rapidez das mudanças e implementações de novos serviços e produtos é um foguete.
A Comissão Europeia divulgou um ranking das companhias que mais investem em pesquisa e desenvolvimento no mundo, o que quer dizer solenemente INOVAÇÃO, decorrente da criatividade, ou seja, inventividade. A lista, com dois mil nomes, traz diversas empresas de tecnologia – especialmente entre as 50 primeiras organizações.
A Samsung (2ª) lidera o ranking de tecnologia, com investimento de 8,3 bilhões de euros em 2012, seguida da Microsoft (3ª), com 7,8 bilhões de euros dedicados às pesquisas, e da Intel, que gastou 7,6 bilhões de euros no ano passado.

Outras 11 empresas do setor estão entre as primeiras companhias que mais pesquisaram e desenvolveram no ano passado: Siemens (17ª), Cisco (18ª), IBM (21ª), Nokia (22ª), Sony (24ª), Ericsson (28ª), Oracle (29ª), Huawei (31ª), Qualcomm (38ª) HP (45ª) e Apple (46ª).
Desde 2009, a Samsung deu uma guinada em seus investimentos em pesquisas e inovações. O resultado real disso são smartphones diferenciados, como o Samsung Galaxy Note Edge, e sua tecnologia de telas flexíveis.
Ou seja, não tem saída para o avanço, para a competitividade. Mas, o que é que tudo isso tem a ver com a educação já que competitividade é um predicado e que pode ser caracterizado como competência, e aplicável a todos os mercados?

Como incentivar e expandir tal competência dentro das escolas sem antes observar o formato de gestão da IES, se aceita a exposição dos seus colaboradores? A criatividade ficará unicamente pulsante ou restrita aos projetos pessoais de cada um? Não terá lugar na vida profissional de todos?
Há dezenas de ideias inovadoras rasgando o cenário educacional nacional e também mundial sem que isso represente tão elevados custos para sua administração, porém, mais cedo ou mais tarde terão que ser aplicadas, aí sim a qualquer custo. Só não se espere e não se deseje que estejam muito defasadas pelo “compasso de espera”, em detrimento do avanço.
Fátima Holanda, em 2008, já dizia: “Criatividade e inovação são importantes? Qualquer organização dirá que sim! Afinal num mundo mutante, a estagnação é a entropia! Mas há coerência entre o discurso e a ação? Aí é uma outra conversa… E esta incoerência pode manifestar-se de várias formas: o líder que não ouve aquela ideia do seu colaborador, porque sempre no momento está muito ocupado, ou até permite que o colaborador exponha, mas continua seus afazeres olhando os seus e-mails ou fazendo outras atividades no computador, sem dar a menor atenção ao que o outro fala. O paradoxo pode se manifestar, também, através daquela reunião (que na verdade é uma exposição unilateral da liderança) e que não se dá lugar a questionamentos, perguntas ou abertura a sugestões dos colaboradores, ou seja, são aspectos não ditos, mas captáveis de que não se valoriza a participação, a liberdade de expressão e a contribuição das ideias das pessoas na empresa”.

Mas, como expandir a capacidade criativa nas pessoas e que isso reflita no todo, na escola por completo?
Algumas pessoas fazem as mesmas coisas e de forma repetida todos os dias, Significa que o mesmo dia vai se repetindo indefinidamente por todos os dias da vida com diferenças mínimas. A mesma rotina, os mesmos lugares, as mesmas pessoas, os mesmos hábitos, o mesmo conhecimento, o mesmo trabalho, o mesmo caminho, os mesmos programas e, assim por diante. Dessa forma, é difícil inspiração para que a criatividade deixe de ficar submersa.
Com isso precisamos de uma boia de salvação e abraçar a Inventividade ou Criatividade. Quanto custa, qual a dificuldade, quais as barreiras senão a capacidade individual de quem quer fazer, acontecer, crescer, ser diferente?
As explicações semânticas ficam por conta dos filólogos.

(1)Crowdsourcingé o processo de obtenção de serviços, ideias ou conteúdo necessários solicitando contribuições de um grupo variado de pessoas e, especialmente, a partir de uma comunidade on-line, ao invés de usar fornecedores tradicionais como uma equipe de funcionários contratados. Esse processo é frequentemente utilizado para subdividir um trabalho tedioso, uma pesquisa, levantar fundos para empresas iniciantes e instituições de caridade, mas também pode ocorrer off-line. Ele combina os esforços de voluntários ou trabalhadores de tempo parcial num ambiente onde cada colaborador, de sua própria iniciativa, adiciona uma pequena parte para gerar um resultado maior. O termo crowdsourcing é uma junção de “multidão” e “terceirização”. Ele se distingue de terceirização pelo trabalho vir de um público indefinido, de terceiras pessoas, ao invés de ser produzido por um grupo interno, específico e fechado.
É uma nova e crescente ferramenta para a inovação. Utilizado adequadamente, pode gerar ideias novas, reduzir o tempo de investigação e de desenvolvimento dos projetos, diminuir nos custos, para além de criar uma relação direta e até uma ligação sentimental com os usuários de uma rede colaborativa de ciência e inteligência. Dois bons exemplos de produtos obtidos através do sistema são o sistema operacional GNU/Linux e o navegador Firefox, que foram criados por um exército de voluntários ao redor do mundo.

Duas Bombas no Colo Educacional



Prof. Roney Signorini
Assessor e Consultor Educacional
roney.signorini@superig.com.br

Na terça-feira(9) Raphael Kapa pelo O Globo explodiu uma bomba com a matéria tratando do Contrato de Professora no ano de 1923, em São Paulo, que proibia casar, ir em sorveterias e andar com homens.
Ele se referia a um artigo da historiadora Jane Soares de Almeida em cujo trabalho a pesquisadora fala sobre a transformação da profissão de professores e da inserção das mulheres no cargo e suas restrições.
Na época, a Escola Normal( modalidade de educação pós-ginásio, equiparada ao colégio {Científico e Clássico}, se tornou bastante procurada pelas jovens paulistas oriundas não apenas da classe média, mas também das famílias mais abastadas do estado por oferecer a oportunidade de prosseguimento de estudos. Para a admissão na escola era exigida a verificação da idade, da saúde, da inteligência e personalidade, fato que demonstra a elitização do curso no período, nos rastros de uma política educacional bastante autoritária. Para as moças era ainda necessário apresentar autorização do pai ou do marido no ato da matrícula, escreveu Jane.
Por absurdo, isso há 92 anos, o contrato mostra uma rigidez caso algumas de suas regras fossem descumpridas. A primeira delas é clara: `Não se casar. Este contrato ficará automaticamente anulado e sem efeito se a professora se casa`.
E continua: Não andar na companhia de homens. Viagens também não eram permitidas sem autorização e passeios pelas sorveterias da cidade eram proibidos. Consumo de cigarro, uísque, vinho ou cerveja configurava como quebra de contrato imediato.
“Apesar das expectativas alvissareiras da ordem e do progresso do século XX, a higiene, a moralidade e religiosidade, a pureza, os ideais de preservação da raça, da sobrevivência social, estamparam no sexo feminino seu emblema de manutenção da sociedade tradicional e as mulheres continuaram sendo submetidas a padrões comportamentais que serviram para impor barreiras à sua liberdade, autonomia e principalmente sobre a sexualidade”, escreveu Jane.

A outra bomba vem de Minas: Juliana Baeta na quinta-feira (11), pelo IG relata que as professoras de inglês Janiele Paula, de 22 anos, e Daniella Ferreira, de 24, se conheceram no trabalho há oito anos e, sempre que se encontravam, demonstravam tanto carinho uma pela outra que acabaram se tornando próximas, mesmo nos poucos encontros que tinham. Mas o abraço forte no fim de cada reunião era ansiosamente aguardado.
Ambas viajaram separadamente para fazer um intercâmbio e em julho do ano passado resolveram, quando chegaram, contar suas experiências. exato momento que elas entenderam também que o que sentiam um pela outra não era só amizade.
“Desde então estamos juntas e em janeiro deste ano oficializamos nossa relação de um modo diferente, no Rio. Assim, vimos nossas histórias se cruzando mais uma vez e de modo mais forte. Mas não pense que tudo se ajeitou facilmente de julho pra cá, os altos e baixos foram bem presentes, mas nosso desejo de viver o que sentimos juntas fez com que os caminhos se abrissem. Fez com que quiséssemos viver nosso amor”, conta Janiele.

Hoje, 11, o portal da Folha Uol traz notícia do Congresso onde bancada evangélica faz manifestação contra parada gay e reza pai-nosso no plenário da câmara.
Ou seja, a coisa sempre esteve brava porque nunca deixarão de existir os sectários, os retrógrados, os intransigentes e os que com a força bruta querem mover o mundo.

sábado, 4 de julho de 2015

Côncavo e Convexo do Empreendedorismo



Prof. Roney Signorini
Assessor e Consultor Educacional
roney.signorini@superig.com.br
Sempre acreditei que “empreendedor já nasce feito” e conheci centenas deles, muitos dos quais bem sucedidos.
Parece que ao nascerem acertaram na mosca do Zodíaco e só ficam esperando a hora certa para receber e refletir luminosidade em qualquer atividade humana. É certo que também devem “colaborar” para isso um pouco de sorte, um empurrãozinho aqui, uma freada ali, um sopro benfazejo e uma grande dose de vontade, perseverança e insistência. Há quem diga que são “sortudos”, embora não se saiba se tenham ganho em qualquer loteria.
Tudo isso somado, há que se agregar disposição para correr riscos, encarar desafios e problemas de percurso com muita chance de vulnerabilizar o empreendimento, podendo levá-lo ao fracasso.  Uma lista enorme de pesos pesados já mostraram que nas primeiras tentativas do negócio próprio as coisas não foram lá muito bem. Com dose excessiva de entusiasmo e persistência deram os últimos e necessários apertos nos parafusos, sem espanar.
Mas afinal, empreendedor brasileiro é igual ao de outros cantos do mundo ou não tem nada a ver ?
Empreendedor americano é tudo isso que dizem, que gosta de correr riscos e não é muito preocupado em perder seu “rico dinheirinho” mesmo que a empreita seja meio atabalhoada? Carregam no sangue o desbravamento do Oeste? E os europeus ou asiáticos, que DNA carregam ? Isso de espaço geográfico altera atitudes e comportamentos ou é o capital inicial que manda e comanda qualquer propósito para negócios/empreendedorismo?
Empreendedores sempre existiram, desde a caverna e o medievo, alguns menos outros mais na proatividade. Aqueles que começam sozinhos seus negócios e não têm conhecimento para tocá-lo à frente desconhecem o apoio que o Estado ou instituições diversas oferecem. Ou seja, por aqui impera a orfandade de sustentação e de informação de negócios. Assim, como empreender?
É sabido que a micro, pequena e média empresa fazem parte e representam significativamente o PIB nacional, apenas com a coragem e o Deus me ajude.
Por aqui, é de conhecimento que o Ministério das Ciências e Tecnologia tem a batuta do maestro da orquestra mas pouco se sabe em que porta bater, longinquamente, em Brasília. Daí perguntar quantas representações do Ministério existem em todos os estados da federação.
Os teóricos apresentam vários passos para se tornar um empreendedor de sucesso, como os a seguir:
1-Avalie se a ideia representa um modelo de negócios: Existe um mercado potencial? É preciso entender antes de tudo a lógica que permeia o negócio. Nem sempre as melhores ideias irão se transformar em um negócio viável. Pesquise, modele, repense. Só assim você chegará ao formato adequado para começar a dar vida ao seu sonho. .
2-Não seja mais um na multidão: Se a oportunidade é realmente válida, é hora de encontrar uma boa diferenciação. Por mais inovadora que sua ideia seja, a partir do momento que você entrar no mercado outras empresas com o mesmo perfil surgirão. E nessa hora vale lembrar que sobrevive quem sabe se fazer presente e trazer constantes novidades para o mercado. .
3-Modele seu negócio: Tenha um plano de negócios, um canvas ou um mapa estratégico. Qualquer coisa que lhe ajude a validar sua ideia passando por pilares importantes e vitais para a empresa existir.
4-Time to market: Do momento em que percebeu a oportunidade até o primeiro dia de funcionamento da sua empresa, o problema ainda existirá? O tempo é crucial quando o assunto é criar e desenvolver um novo negócio. Se você demorar demais, outro empreendedor poderá ter avançado no mesmo segmento. Se você, contudo, atropelar as etapas básicas de planejamento e implementação, seu projeto irá naufragar. .
5-Faça o que gosta: Invista em um negócio relacionado a algo que te emprega prazer.Empresas que nascem somente para ganhar gerar lucro tem menos chance de sobreviver. Se você tem um propósito, será mais fácil de engajar pessoas, transmitir seus diferenciais para os clientes e manter a operação integrada.
6-Analise suas capacidades e deficiências: Ninguém é bom em tudo. Saber onde você precisa de ajuda é imprescindível para buscar os colaboradores - ou sócios - que embarcarão com você nesta empreitada. Vale a máxima: se eu não sei, eu sei quem sabe! Relacionamento elimina distância e reduz o tempo, melhora o resultado e ajuda a planejar a longo prazo.
7-Cerque-se de mentores ou conselheiros: Ser empreendedor é muito solitário. Tenha conselheiros que possam ajudá-lo no processo de empreender. Pessoas que não estão no dia a dia da empresa podem indicar boas saídas e ajudar na tomada de decisão. .
8-Desenvolva pessoas: Um time competente, capacitado e engajado é imbatível. E tem baixíssima rotatividade..
9-Comece pequeno: Você não vai acertar de primeira. Comece pequeno para ser mais fácil corrigir os erros. É mais fácil consertar uma prancha de surf que um navio! Depois será mais fácil e seguro crescer.
10-Meça tudo: O que não pode ser medido, não pode ser melhorado. Defina indicadores relevantes para a sua operação e acompanhe-os de perto.
11-Respeite o ciclo do negócio: Cada segmento e cada empresa tem uma velocidade. Se acelerar ou reduzir mais do que ele permite, você quebra. A exemplo disso, da abertura da loja até a conquista de uma clientela fiel existe um ritmo a ser respeitado e ele depende de fatores como localização, concorrentes, perfil do público, tipo de produto comercializado etc. Um início “fraco” não é motivo para abrir mão do seu plano de negócios.
12-Jamais entre num mercado em declínio: Busque oportunidades de negócios que ainda estão em crescimento. Geralmente possuem mais clientes e menos concorrentes. Os mercados consolidados têm uma concorrência acirrada e predatória. Os em declínio não têm clientes. Uma nova operadora de telefonia celular não é das melhores opções, assim como uma empresa especializada em manutenção de máquinas de escrever..
13-Busque escalabilidade: Cuidado com negócios que dependam muito de você. Este tipo de negócio tem seu crescimento limitado a capacidade de atendimento do dono, como um sapateiro, um arquiteto, dentista ou advogado. Pense, desde o começo, como sua empresa crescerá para atender muitos clientes com o mesmo cuidado, atenção e competência que você atenderia;.
14-Evite buscar capital financeiro em bancos: Para tirar a ideia do papel, é preciso ter recursos. O ideal é não precisar recorrer a recursos de terceiros, mas se não houver saída o ideal é tentar obter o capital necessário com amigos e/ou familiares – mas tenha em mente que é preciso firmar um acordo de prazos e valores a serem devolvidos mesmo com pessoas próximas. Uma outra opção, dependendo do perfil do negócio, é encontrar um investidor anjo. O empréstimo bancário deve ser feito apenas em último caso devido aos altos juros..
15-Tenha uma reserva para se manter inicialmente: Além do negócio em si, você também tem contas pessoais a pagar. É preciso ter uma reserva financeira para que você possa se manter no momento inicial do negócio, quando a empresa ainda não gerar receita suficiente para garantir uma retirada suficiente para sua subsistência.
16-Divulgue seu negócio: O marketing é uma poderosa ferramenta para que a sua marca se consolide e, consequentemente, conquiste melhores oportunidades comerciais. Por isso, jamais considere a divulgação do seu negócio como um investimento secundário , que pode ficar para o futuro..
17-Busque conhecimento sempre: Não importa se está no início do negócio ou já atuando em uma empresa própria. O mercado evoluí, e você não pode ficar para trás. O modelo de negócios inovador de hoje, amanhã já estará batida. Cursos preparatórios entregam uma série de conhecimentos e promovem o networking. Há também boas opções de aulas gratuitas que podem ser feitas online para quem deseja se preparar e também se reciclar.
18-Tenha cicatrizes: Aceite, você não acertará tudo de primeira. Da ideia à empresa o mercado mudou, as pessoas mudaram, você mudou. Cicatrizes são essenciais para o crescimento de uma empresa. Não precisa sofrer uma fratura, mas um arranhão, um corte ou uma marca roxa podem ajudar muito no seu desenvolvimento como empreendedor e trazer contribuições valiosas ao sucesso do seu negócio.
Cerca de 38,5 milhões de brasileiros têm a intenção de abrir o próprio negócio. É o que diz a pesquisa do Instituto Data Popular, divulgada nesta terça-feira (23), que mostrou um aumento de cinco pontos percentuais na comparação com 2013: de 23% para 28%. Baixo salário é um dos principais motivos.

Mas, então, quais são as habilidades que realmente importam na hora de empreender? A paulistana Bel Pesce, que figura na lista da revista Forbes entre os 30 jovens mais promissores do país, acredita que são as pequenas coisas. Atitudes comportamentais tão simples que se tornam óbvias, mas correm o risco de serem esquecidas com facilidade. Ter perseverança, iniciativa e aprender com o momento são algumas das ações destacadas pela brasileira que já empreendeu no Vale do Silício (EUA), considerado um celeiro de startups e palco das grandes empresas mundiais de tecnologia.
Pesquisas recentes já apontam que empreender se tornou o sonho de mais da metade dos jovens. Questionada sobre essa nova demanda, Bel Pesce afirma que ela está relacionada ao desejo de assumir o protagonismo. “A palavra empreendedorismo, no sentido de abrir uma empresa, tem sido usada como um ponto de fuga. As pessoas falam em ser empreendedoras porque querem ser chefes”, explica. No entanto, ela também destaca que não é preciso abrir o próprio negócio para assumir as rédeas da sua vida, sendo possível ter atitudes empreendedoras ocupando cargos dentro empresas que estão abertas para inovação.
Todo cuidado, muito cuidado é pouco.