Prof.
Roney Signorini
Assessor e Consultor Educacional
roney.signorini@superig.com.br
Assessor e Consultor Educacional
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Na terça-feira(9) Raphael Kapa pelo O Globo explodiu uma bomba com a matéria tratando do Contrato de Professora no ano de 1923, em São Paulo, que proibia casar, ir em sorveterias e andar com homens.
Ele se
referia a um artigo da historiadora Jane Soares de Almeida em cujo trabalho a
pesquisadora fala sobre a transformação da profissão de professores e da
inserção das mulheres no cargo e suas restrições.
Na época,
a Escola Normal( modalidade de educação pós-ginásio, equiparada ao colégio
{Científico e Clássico}, se tornou bastante procurada pelas jovens paulistas
oriundas não apenas da classe média, mas também das famílias mais abastadas do
estado por oferecer a oportunidade de prosseguimento de estudos. Para a
admissão na escola era exigida a verificação da idade, da saúde, da
inteligência e personalidade, fato que demonstra a elitização do curso no
período, nos rastros de uma política educacional bastante autoritária. Para as
moças era ainda necessário apresentar autorização do pai ou do marido no ato da
matrícula, escreveu Jane.
Por
absurdo, isso há 92 anos, o contrato mostra uma rigidez caso algumas de suas
regras fossem descumpridas. A primeira delas é clara: `Não se casar. Este
contrato ficará automaticamente anulado e sem efeito se a professora se casa`.
E continua: Não andar na companhia de homens. Viagens também não eram permitidas sem autorização e passeios pelas sorveterias da cidade eram proibidos. Consumo de cigarro, uísque, vinho ou cerveja configurava como quebra de contrato imediato.
E continua: Não andar na companhia de homens. Viagens também não eram permitidas sem autorização e passeios pelas sorveterias da cidade eram proibidos. Consumo de cigarro, uísque, vinho ou cerveja configurava como quebra de contrato imediato.
“Apesar
das expectativas alvissareiras da ordem e do progresso do século XX, a higiene,
a moralidade e religiosidade, a pureza, os ideais de preservação da raça, da
sobrevivência social, estamparam no sexo feminino seu emblema de manutenção da
sociedade tradicional e as mulheres continuaram sendo submetidas a padrões
comportamentais que serviram para impor barreiras à sua liberdade, autonomia e
principalmente sobre a sexualidade”, escreveu Jane.
A outra
bomba vem de Minas: Juliana Baeta na quinta-feira (11), pelo IG relata que as
professoras de inglês Janiele Paula, de 22 anos, e Daniella Ferreira, de 24, se
conheceram no trabalho há oito anos e, sempre que se encontravam, demonstravam
tanto carinho uma pela outra que acabaram se tornando próximas, mesmo nos
poucos encontros que tinham. Mas o abraço forte no fim de cada reunião era
ansiosamente aguardado.
Ambas
viajaram separadamente para fazer um intercâmbio e em julho do ano passado
resolveram, quando chegaram, contar suas experiências. exato momento que elas
entenderam também que o que sentiam um pela outra não era só amizade.
“Desde
então estamos juntas e em janeiro deste ano oficializamos nossa relação de um
modo diferente, no Rio. Assim, vimos nossas histórias se cruzando mais uma vez
e de modo mais forte. Mas não pense que tudo se ajeitou facilmente de julho pra
cá, os altos e baixos foram bem presentes, mas nosso desejo de viver o que
sentimos juntas fez com que os caminhos se abrissem. Fez com que quiséssemos
viver nosso amor”, conta Janiele.
Hoje, 11,
o portal da Folha Uol traz notícia do Congresso onde bancada evangélica faz
manifestação contra parada gay e reza pai-nosso no plenário da câmara.
Ou seja,
a coisa sempre esteve brava porque nunca deixarão de existir os sectários, os
retrógrados, os intransigentes e os que com a força bruta querem mover o mundo.
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