Por Roney Signorini – Consultor Educacional
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O leitor já viu algum japonês que luta sumô dançando tango ? Nem eu.
Mas, as últimas notícias entre abril e começo de junho no setor educacional remetem ao cenário escalafobético ( que palavra ! ) tais são as descompensações.
É recurso/técnica da mídia jornalística que o emissor deve dirigir-se a algum público: a comunicação dirigida. Então me detenho se os textos forem lidos por alguém fora da mídia pretendida, os alunos e pais deles porque aí então o mundo educacional entra em parafuso, no estrambótico.
Darcy Ribeiro e Anisio Teixeira devem estar se contorcendo nos jazigos. Senão, leiamos o que “pintou” no noticiário com os títulos:
1-)Por Jacques Steinberg – “Mais Aprendizado Sem Faculdade” – Nem todo o mundo vai à universidade, e isso pode ser uma decisão inteligente;
2-)MEC vai recomendar o fim da reprovação – O CNE vai propor e o MEC recomendará às escolas públicas e privadas que não reprovem mais alunos dos 3 primeiros anos do ensino fundamental;
3-)Ensino de letra cursiva para crianças em alfabetização: quem tem letra feia pode ter de trocar a de mão pela de forma;
4-)O Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf) é taxativo: 15% da população entre 15 e 24 anos estão alfabetizados em nível rudimentar;
5-)Ensino Fundamental : 1,4 milhão largaram a escola em 2008;
6-)MEC suspende ingresso de alunos em Pedagogia na Faculdade Sumaré por excesso de oferta de vagas;
7-)Enem para professores mas Pedagogia e Licenciaturas ficam à deriva nas formações;
8-)Demagogia no Ensino Superior: das 13 universidades federais criadas nos dois mandatos do presidente Lula duas se destacam pelo excêntrico: a Universidade Federal da Integração Latino-Americana(Unila), sediada em Foz de Iguaçu, ora funcionando provisoriamente num prédio da Usina Itaipu; a outra, que será erguida em Redenção ( 55 quilômetros de Fortaleza ), Universidade Federal de Integração Luso-Afrobrasileira (Unilab), cidade com 27 mil habitantes, foi escolhida por ter sido a primeira a libertar todos os seus escravos antes da Lei Áurea ( 1888);
9-)”O Inep não está desgastado” ainda que tenha cancelado 54 perguntas das avaliações aplicadas em novembro de 2009, enquanto que mal formuladas ou polêmicas, por conta do caráter político que apareceram no Enade. Afora o “imbróglio” dos cadernos de provas que seriam “vendidos” ao jornal Estado de São Paulo, etc. etc.
Ou seja, universo totalmente em desencanto pelas estapafúrdias situações, colocações, intenções, a quem parece estar tudo às mil maravilhas, céu de brigadeiro pela frente.
Os conteúdos que se seguem às manchetes são escabrosos para quem tem preocupação com a educação nacional, a ponto da recomendação que não evitem mais que seus filhos leiam o
noticiário sobre violências, corrupção, etc. no país, mas suprimam a editoria de educação porque certamente você não terá respostas aos questionamentos deles de como vai a saúde do ensino brasileiro.
E vem aí a discussão/implantação do novo PNE para o próximo decênio sem que se tivessem cumprido nem 46% do plano anterior.
Quem viver verá.
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