Prof. Roney Signorini
Assessor e Consultor Educacional
roney.signorini@superig.com.br
Divulgado pelo MEC, o
Censo 2012 é oportuníssimo para cotejá-lo com o Bônus Demográfico, por serem
irmãos siameses, relacionados e imbricados e com certeza oferecendo dados a se
justificarem.
O total de alunos matriculados na
educação superior brasileira ultrapassou a marca de 7 milhões em 2012. São os
dados do Censo da Educação Superior divulgados pelo MEC. O número representa
aumento de 4,4% no período 2011–2012 Enquanto o número de matrículas nas
instituições públicas cresceu 7%, o aumento na rede particular foi de 3,5%,
ainda que responsável por 73% do total.
“Estamos
em um sistema em forte expansão, com mais ingressantes que concluintes”,
observou o ministro, Aloizio Mercadante, ao apresentar os dados gerais do
Censo,. “Não é tarefa fácil assegurar qualidade da expansão de acordo com a
demanda por vagas. Temos um compromisso no MEC de assegurar a qualidade do
ensino superior.”
Considerada
apenas a rede federal, o número de matrículas cresceu 5,3% no mesmo período,
superando a marca de 1,08 milhão de estudantes. As instituições federais
representam 57,3% da rede pública de educação superior.
“Temos
7,2 milhões de estudantes do ensino superior e 7,1 milhões de inscritos no Enem
[Exame Nacional do Ensino Médio]”, lembrou Mercadante. “Temos um volume
equivalente de estudantes no Enem querendo entrar na universidade.”
Os
7.037.688 alunos matriculados em cursos de graduação no Brasil estão
distribuídos em 31.866 cursos, oferecidos por 2.416 instituições — 304 públicas
e 2.112 particulares. O total de estudantes que ingressaram no ensino superior
em 2012 chegou a 2.747.089. O número de concluintes, a 1.050.413.
As
universidades são responsáveis por mais de 54% das matrículas. As faculdades
concentram 28,9%; os centros universitários, 15,4%; as instituições federais de
educação tecnológica, 1,6%.
No período 2011-2012, o número de ingressantes nas instituições de educação superior cresceu 17,1%. Com taxa média de crescimento anual de 8,4% nos últimos dez anos, a rede federal registrou aumento no número de ingressantes superior a 124% entre 2002 e 2012. A rede já participa com mais de 60% dos ingressos nos cursos de graduação da rede pública.
No período 2011-2012, o número de ingressantes nas instituições de educação superior cresceu 17,1%. Com taxa média de crescimento anual de 8,4% nos últimos dez anos, a rede federal registrou aumento no número de ingressantes superior a 124% entre 2002 e 2012. A rede já participa com mais de 60% dos ingressos nos cursos de graduação da rede pública.
Tecnológicos — O Censo mostra também a
expansão do número de matrículas nos cursos tecnológicos. Entre 2011 e 2012, o
total cresceu 8,5%. Nos cursos de bacharelado, o aumento foi de 4,6% e nos de
licenciatura, de 0,8%.
Com esse aumento, os cursos tecnológicos representam 13,5% das matrículas na educação superior. Os de bacharelados e de licenciatura participam com 67,1% e 19,5%, respectivamente.
O segmento que mais cresce em número de matrículas são os cursos tecnológicos”, disse Mercadante. “Isso tem muito a ver com o atual momento do Brasil, com o mercado de trabalho aquecido.”
Com esse aumento, os cursos tecnológicos representam 13,5% das matrículas na educação superior. Os de bacharelados e de licenciatura participam com 67,1% e 19,5%, respectivamente.
O segmento que mais cresce em número de matrículas são os cursos tecnológicos”, disse Mercadante. “Isso tem muito a ver com o atual momento do Brasil, com o mercado de trabalho aquecido.”
Enquanto
em 2001 o trabalho com carteira assinada representava 45,3%, em 2011 o
porcentual avançou para 56,0%. Mas, no mesmo tempo, a taxa de fecundidade da
brasileira entrou em queda e por outro lado o número de idosos cresceu
significativamente.
EAD - Distância — Entre 2011 e 2012, as
matrículas avançaram 12,2% nos cursos a distância e 3,1% nos presenciais. Com
esse crescimento, a modalidade a distância já representa mais de 15% do total
de matrículas na graduação.
Dos estudantes optantes pela modalidade a distância, 72% estão matriculados em universidades. Os centros universitários detêm 23%.
A maioria dos matriculados no ensino superior a distância (40,4%) cursa licenciatura. Os que optaram por bacharelados são 32,3% e por tecnólogos, 27,3%.
Dos estudantes optantes pela modalidade a distância, 72% estão matriculados em universidades. Os centros universitários detêm 23%.
A maioria dos matriculados no ensino superior a distância (40,4%) cursa licenciatura. Os que optaram por bacharelados são 32,3% e por tecnólogos, 27,3%.
O Bônus - O Efeito Cascata ou Residual
Conforme Samuel de Abreu
Pessôa “o bônus demográfico( etapa do desenvolvimento
demográfico conhecida por
bônus ou dividendo demográfico) deve terminar em 2022, quando a taxa de
crescimento da PIA --população com idade ativa – passa a ser menor que a taxa
de crescimento da POT –população total. De 1970 até 2012 já correram 42 anos ou
81% dos 52 anos de duração do bônus demográfico.”
Como consequência direta
no setor educacional, nos próximos anos a taxa de crescimento dos em idade
escolar vai cair muito mas em contrapartida a taxa de crescimento da população
idosa crescerá bem acima da POT, significando que esta excederá àquela perto de
1,3 milhão de pessoas.
A avaliação é
preocupantíssima, sobretudo para quem não dá a mínima para (in)evolução
estatística, refletindo no percurso do Fundamental ao Superior. Assim, é
possível dizer que o cavalo passou encilhado, garboso, em trote majestoso e
alguns
não aproveitaram as
oportunidades.
A competente e lúcida
demógrafa Elza Berquó, entrevistada pela Infoglobo, é taxativa ao afirmar que
“o país não aproveita a oportunidade única e histórica de educar melhor
crianças e jovens para fazer frente aos desafios do futuro com o envelhecimento
cada vez mais acelerado”, e continua “...é um paradoxo pensar que uma pessoa
não necessariamente precisa se educar melhor para ter um salário
satisfatório.”. Há uma grande oferta de mão de obra no mercado, mas para isso
virar uma vantagem é preciso qualificação e capacitação. Estamos desperdiçando
o bônus demográfico, último das próximas décadas.
Se o leitor até aqui ainda
não ficou muito preocupado, siga adiante para os dados estarrecedores que
levarão muitas IES a enxugarem suas plantas locais: a educação de jovens e
adultos perdeu quase 1 milhão de alunos desde 2007; matrículas na educação
profissional crescem 8,9% no país em 2012; o número de matrículas no ensino
médio se mantém estável desde 2007.
Fontes:
Assessoria de Comunicação INEP
InfoGlobo Comunicação
Revista Melhor –
Ed.Segmento
Jornal O Povo
Folha de São Paulo
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