Roney
Signorini
Assessor e Consultor Educacional
roney.signorini@superig.com.br
Assessor e Consultor Educacional
roney.signorini@superig.com.br
Em
decorrência dos dados divulgados pelo Censo da Educação Superior (Inep),
referentes ao último Censo da Educação Superior (2013), a mídia correu
interpretar deitando apocalipses e enervando o setor, que, bem ou mal
preparado, deverá engolir o quadro quem sabe por quantos anos.
O
noticiário, recheado de algumas más notícias, outras nem tanto, tiveram os
títulos abaixo que dão clara mostra de como está e o que virá.
Matrículas no ensino superior crescem 3,8%, taxa inferior à
do último censo (EBC)
O Brasil tem 7.305.977 estudantes matriculados em cursos de graduação no ensino superior, segundo o Censo do INEP divulgado na terça-feira (9). Os números são do ano de 2013. São 268.289 matrículas a mais que em 2012, um crescimento de 3,8%, sendo 1,9% na rede pública e 4,5% na rede privada.
O crescimento foi inferior em relação ao censo anterior, quando o número de matrículas aumentou 4,4% de 2011 para 2012.
Deste total de estudantes universitários, 5,3 milhões (73,5%) estão nas instituições particulares. O restante (1,9 milhão) se divide entre instituições federais (1,1 milhão), estaduais (604 mil) e municipais (190 mil). Os alunos matriculados em cursos de graduação estão distribuídos em 31.866 cursos, oferecidos por 2.391 instituições. A maior parte formada por universidades e faculdades particulares, 2.090 e o restante são instituições públicas (301).
O Brasil tem 7.305.977 estudantes matriculados em cursos de graduação no ensino superior, segundo o Censo do INEP divulgado na terça-feira (9). Os números são do ano de 2013. São 268.289 matrículas a mais que em 2012, um crescimento de 3,8%, sendo 1,9% na rede pública e 4,5% na rede privada.
O crescimento foi inferior em relação ao censo anterior, quando o número de matrículas aumentou 4,4% de 2011 para 2012.
Deste total de estudantes universitários, 5,3 milhões (73,5%) estão nas instituições particulares. O restante (1,9 milhão) se divide entre instituições federais (1,1 milhão), estaduais (604 mil) e municipais (190 mil). Os alunos matriculados em cursos de graduação estão distribuídos em 31.866 cursos, oferecidos por 2.391 instituições. A maior parte formada por universidades e faculdades particulares, 2.090 e o restante são instituições públicas (301).
Número de formandos no ensino superior cai pela 1ª vez em 10
anos (Folha de S.Paulo)
Entre 2012 e 2013, o número de concluintes de graduação no país caiu 5,65% -essa é a primeira queda ao menos desde 2003.
Entre 2012 e 2013, o número de concluintes de graduação no país caiu 5,65% -essa é a primeira queda ao menos desde 2003.
No ano
passado, foram 991.010 concluintes, frente a 1.050.413 em 2012.
Cai o ritmo de expansão de matrículas no ensino superior público (Folha Online)
Cai o ritmo de expansão de matrículas no ensino superior público (Folha Online)
Cai o número de universitários brasileiros que concluem a
faculdade (JN)
Matrículas no ensino superior aumentam 85,6% em 11 anos (Uol)
Entre 2003 e 2013, o número de estudantes em cursos superiores cresceu 85,6% mas vem caindo desde 2008, quando cresceu mais de 10% em um ano. Entre 2012 e 2013, o aumento foi de apenas 3,9%.
Matrículas no ensino superior aumentam 85,6% em 11 anos (Uol)
Entre 2003 e 2013, o número de estudantes em cursos superiores cresceu 85,6% mas vem caindo desde 2008, quando cresceu mais de 10% em um ano. Entre 2012 e 2013, o aumento foi de apenas 3,9%.
Matrículas em cursos tecnológicos aumentam 5,4% (Exame)
As matrículas em cursos tecnológicos de educação superior cresceram 5,4% no período de 2012 e 2013. No ano passado responderam por 13,6% do volume de matrículas na educação superior. Em 2003 o porcentual era de 2,9%. Os cursos superiores tecnológicos, de menor duração e formação mais específica, foram os que mais cresceram. Nos últimos 11 anos, o número de cursos aumentou mais de 500%, puxado principalmente pelo aumento de vagas na rede privada.
As matrículas em cursos tecnológicos de educação superior cresceram 5,4% no período de 2012 e 2013. No ano passado responderam por 13,6% do volume de matrículas na educação superior. Em 2003 o porcentual era de 2,9%. Os cursos superiores tecnológicos, de menor duração e formação mais específica, foram os que mais cresceram. Nos últimos 11 anos, o número de cursos aumentou mais de 500%, puxado principalmente pelo aumento de vagas na rede privada.
Queda no número de diplomas se deveu a processos de
supervisão, diz MEC (Uol)
Educação a distância tem queda no número de matrículas (EM)
Os cursos de educação a distância representam cerca de 15% das matrículas de graduação no país. O número caiu 5% em relação ao apurado no último censo, de 2012. Em dez anos, houve um aumento de quase 25 vezes. Em 2003, havia 52 cursos desse tipo no país; no ano passado, o número chegou a 1.258.
Educação a distância tem queda no número de matrículas (EM)
Os cursos de educação a distância representam cerca de 15% das matrículas de graduação no país. O número caiu 5% em relação ao apurado no último censo, de 2012. Em dez anos, houve um aumento de quase 25 vezes. Em 2003, havia 52 cursos desse tipo no país; no ano passado, o número chegou a 1.258.
Em 11 anos, oferta de cursos de graduação a distância cresce
24 vezes (Uol)
Os cursos de graduação a distância registraram crescimento de 15,7% entre 2012 e 2013.
Nos últimos 11 anos, a oferta de cursos na modalidade cresceu 24 vezes. Do total de cursos oferecidos no ano passado, 240 eram bacharelados, 592 licenciaturas e 426 tecnológicos.
Os cursos de graduação a distância registraram crescimento de 15,7% entre 2012 e 2013.
Nos últimos 11 anos, a oferta de cursos na modalidade cresceu 24 vezes. Do total de cursos oferecidos no ano passado, 240 eram bacharelados, 592 licenciaturas e 426 tecnológicos.
O volume
de matrículas em cursos da modalidade também registrou alta.
Entre 2012 (1.113.850) e 2013 (1.153.572), o crescimento foi de 3,4%, com 39.722 inscrições a mais.
Entre 2012 (1.113.850) e 2013 (1.153.572), o crescimento foi de 3,4%, com 39.722 inscrições a mais.
O
levantamento mostra também que os cursos a distância oferecidos em instituições
privadas de ensino superior representaram 87% do número de inscritos, com
999.019 matrículas.
As
universidades foram as instituições que mais concentraram número de matrículas,
representando 71% das inscrições na modalidade EAD.
Número de estudantes do ensino à distância está cada vez maior (Jornal da Globo)
Número de estudantes do ensino à distância está cada vez maior (Jornal da Globo)
Com salário médio de R$ 1.868, pedagogia ainda é 3º curso
mais procurado do Brasil (R7)
Modelo de expansão do ensino superior dá sinais de limite (OESP)
Conforme Bruno Morche (UFRS) o Censo do Inep mostra uma redução no ritmo de expansão do ensino superior brasileiro com a diminuição no processo de ampliação das matrículas, nas públicas e nas particulares. Para ele, o modelo brasileiro baseado em um pequeno número de instituições públicas totalmente gratuitas e um grande setor privado, possivelmente encontraria limites no início desta década.
E ele expõe os três motivos: (1)quanto ao setor público encontra limites de financiamento do governo para uma expansão significativa dado o elevado custo por aluno, que em 2010 chegou a 13 mil dólares; (2) no privado, os limites estão na diminuição da demanda pelo alto número de vagas que já foi oferecido e o limite da capacidade econômica da população; (3)problema recorrente das baixas taxas de acesso e conclusão do ensino médio que representam um funil no acesso ao ensino superior.
Paim destaca crescimento do número de mestres e doutores e defende qualidade (MEC)
Modelo de expansão do ensino superior dá sinais de limite (OESP)
Conforme Bruno Morche (UFRS) o Censo do Inep mostra uma redução no ritmo de expansão do ensino superior brasileiro com a diminuição no processo de ampliação das matrículas, nas públicas e nas particulares. Para ele, o modelo brasileiro baseado em um pequeno número de instituições públicas totalmente gratuitas e um grande setor privado, possivelmente encontraria limites no início desta década.
E ele expõe os três motivos: (1)quanto ao setor público encontra limites de financiamento do governo para uma expansão significativa dado o elevado custo por aluno, que em 2010 chegou a 13 mil dólares; (2) no privado, os limites estão na diminuição da demanda pelo alto número de vagas que já foi oferecido e o limite da capacidade econômica da população; (3)problema recorrente das baixas taxas de acesso e conclusão do ensino médio que representam um funil no acesso ao ensino superior.
Paim destaca crescimento do número de mestres e doutores e defende qualidade (MEC)
Em nenhuma das leituras ocorreu contextualização com a situação
econômica do país o que inocenta as mantenças, de certa forma, como sem culpa
no cartório educacional. Ou seja, a exclusividade, a culpabilidade, fica na
conta do governo que insiste em dois elementos constrangedores: a mentira como
habitual e a incompetência.
Com relação ou não às campanhas políticas que ora são apresentadas, a mídia, ou melhor, os especialistas do mundo econômico e financeiro estão vestidos de belo smoking para dançar a derradeira valsa do governo petista com direito a fogos de artifício ao final. E tal alegria é apoiada no que os experts chamam de “as várias mentiras”. Que de alguma maneira perpassam aos empreendimentos da educação privada. Ou melhor, esmurram-na. Ao governo, aparentemente, perder um, dez, cem ou mil alunos nos espaços públicos pouco ou nada afeta. Afinal, a folha de pagamento já está saldada desde o plano orçamentário anterior, tudo garantido.
Em tempos de racionamento, a iniciativa privada, com certeza vai puxar o breque de mão e “racionar” mão de obra, consumo de energia, magreza na administração, bulimia na segurança, desnutrição nas bibliotecas e anemia nos laboratórios, etc. etc.
Sobre a política monetária, que teria sido um êxito, existe outra falácia porque a inflação está batendo na casa dos 6,50% sem se falar no represamento de cerca de dois pontos de inflação através do controle de preços de combustíveis, energia e câmbio, Que indústria, empresa, comércio ou prestação de serviços suporta isso atingindo diretamente o bolso do trabalhador, do jovem pretendente à educação superior? Não esquecer que tal pretensão, hoje, está na cabeça da moçada classe C e D, os mais atingidos porque os das classes A e B estão blindados com riqueza aplicada em ativos que remuneram acima da inflação.
O governo
insiste na alegação que a crise vem de fora. E daí? Políticas econômicas
ortodoxas de nossos vizinhos, além de reformas políticas, cresceram de 4,0% a
5,6% ao ano entre 2008 e 2013 enquanto a média do PIB brasileiro na administração
Dilma deve ser de 1,7%. Heterodoxia pura.
Que tal? Isso não leva nem segura aluno na sala de aula.
Que tal? Isso não leva nem segura aluno na sala de aula.
As inteligências ministeriais dizem que a política neoliberal vai aumentar o desemprego, mas o crescimento econômico da era Dilma é o menor desde Floriano Peixoto, governo terminado em 1894. Em outra informação, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados(Caged), de maio, apontaram a menor geração de empregos desde 1992, junho foi o pior desde 1998 e julho, o pior desde 1999. Então, estamos bem na fita ou vamos continuar a dar ouvidos à mitomania desenfreada? Quem vai gerar desemprego é, isto sim, a nova matriz econômica. É esperar para ver.
Enorme motivo impeditivo em levar o alunado a estudar: públicas são poucas, particulares custam caro(?).
Há contra
argumentos triviais: a de que a oposição quer acabar com o reajuste do salário
mínimo e já firmemente contestados. O que a sociedade não se deteve é que o
aumento real do salário mínimo entre 1994 e 2002 foi de 4,7%, de 5,5% ao ano
entre 2003 e 2010, e de 3,5% ao ano entre 2011 e 2013.
Pode? Nos períodos, quanto tudo subiu de preço? E o dragão da inflação que corrói o aumento do salário nominal? Mais uma razão para afastar a juventude das escolas.
Pode? Nos períodos, quanto tudo subiu de preço? E o dragão da inflação que corrói o aumento do salário nominal? Mais uma razão para afastar a juventude das escolas.
Então, a
economia não tem tudo a ver com o quadro educacional?
Há quem argumente que a taxa de ingressantes de jovens das classes A e B não cresce porque existe uma queda do crescimento dessa população jovem
e que o ingresso das classes C e D, embora elevado(?) não é o suficiente para compensar.
Há quem argumente que a taxa de ingressantes de jovens das classes A e B não cresce porque existe uma queda do crescimento dessa população jovem
e que o ingresso das classes C e D, embora elevado(?) não é o suficiente para compensar.
Mas, há
até quem proponha soluções(?).
Para resolver há uma campanha a desenvolver: particulares colaborarem criando estratégias para que haja menos evasão no ensino fundamental e médio. Também vale o governo incentivar a imigração ou as escolas buscarem alunos em outras paragens. Não é o que o resto do mundo faz, estimulando
estudos locais?
Para resolver há uma campanha a desenvolver: particulares colaborarem criando estratégias para que haja menos evasão no ensino fundamental e médio. Também vale o governo incentivar a imigração ou as escolas buscarem alunos em outras paragens. Não é o que o resto do mundo faz, estimulando
estudos locais?
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