A inserção em rede é
determinante para o compartilhamento
da informação e do
conhecimento. Isto porque as redes são
espaços valorizados para
o compartilhamento da informação
e para a construção do
conhecimento.
Maria Inês Tomaél, Adriana Rosecler Alcará,
Ivone Guerreiro Di Chiara[1]
Prof. Roney Signorini
Assessor e Consultor Educacional
Assessor e Consultor Educacional
signorinironey1@gmail.com
Pesquisas apontam que mais de um bilhão de pessoas no mundo utilizam
redes sociais e o brasileiro é um dos que mais acessam, segundo a Nielsen,
provedora global de informações.
O
uso de novos recursos tecnológicos, como os aplicativos e as redes sociais
educacionais, é uma tendência que vem crescendo muito. Principalmente, quando o
interesse é fortalecer a relação entre professor e aluno, enriquecer o conteúdo
curricular e acompanhar o desempenho individual e coletivo com uma linguagem
mais dinâmica e interessante ao processo de aprendizagem.
Em pesquisa realizada pela empresa de tecnologia AVG, foi constatado que 73% das crianças de 3 a 5 anos já utilizam algum aplicativo educacional. A pesquisa foi feita em dez países com 5.423 pais. Os dados ainda apontam que 76% dessas crianças sabem desligar e ligar um tablet ou computador, 73% já utilizam algum game virtual e 42% já sabem fazer uma ligação telefônica, apesar de 43% não serem capazes de escrever o próprio nome. Outro dado interessante da pesquisa revela que 97% das crianças entre 6 e 9 anos de idade já usaram a web no Brasil, enquanto em outros países pesquisados chegam a 89%. Me pergunto: o que farão essas crianças quando chegarem à universidade?
Em pesquisa realizada pela empresa de tecnologia AVG, foi constatado que 73% das crianças de 3 a 5 anos já utilizam algum aplicativo educacional. A pesquisa foi feita em dez países com 5.423 pais. Os dados ainda apontam que 76% dessas crianças sabem desligar e ligar um tablet ou computador, 73% já utilizam algum game virtual e 42% já sabem fazer uma ligação telefônica, apesar de 43% não serem capazes de escrever o próprio nome. Outro dado interessante da pesquisa revela que 97% das crianças entre 6 e 9 anos de idade já usaram a web no Brasil, enquanto em outros países pesquisados chegam a 89%. Me pergunto: o que farão essas crianças quando chegarem à universidade?
E
a tendência é esses números só aumentarem! Por isso, conhecer as novas e
promissoras tecnologias educacionais e as novas formas de levar conteúdo para
os alunos tem se tornado uma prioridade na pauta de gestores e educadores.
Afinal, nos aplicativos educacionais é possível explorar o conhecimento através
de vídeos, links, imagens e sons, sempre de forma dinâmica, rápida,
colaborativa e interativa, o que desperta ainda mais interesse nos estudantes.
Nenhum aluno pode, neste milênio(e com todos os recursos
de que se dispõe), ficar para trás: há uma necessidade premente de plataformas
de ensino adaptativo que ajudem o aluno a aprender em seu próprio ritmo e
sugiram-lhe atividades extras para facilitar o aprendizado.
Com o
desenvolvimento das ferramentas tecnológicas, principalmente aquelas promovidas
pelo advento da Internet, emergem em nossa sociedade novas formas de relação,
comunicação e organização das atividades humanas, entre elas, merecem destaque as
redes sociais virtuais, que, apoiadas por computadores, utilizam diferentes
recursos, entre eles: e-mails, fóruns, listas de discussão, sistemas de
boletins eletrônicos, grupos de notícias, chats e softwares sociais.
A ideia de rede surge como uma grande metáfora que
representa os tempos atuais e que precisa ser mais bem compreendida e utilizada
pedagogicamente. Essa forma de organização vem conquistando novos espaços e formas
de agir baseadas na colaboração e cooperação entre os segmentos envolvidos e nestas
primeiras décadas do novo milênio tem crescido o movimento de atuação em redes
através de múltiplas iniciativas de colaboração solidária em nossa sociedade.
No
campo econômico, a exploração do nicho social networking passa a ser alvo de
interesse de empresas que estão vendo no ramo das redes sociais virtuais um
amplo espaço para negociação de produtos e serviços e enxergando, também, o
potencial de relacionamentos estabelecidos nas comunidades como forte capital
social da atualidade. Além disso, a comunicação em rede tem sido explorada como
instrumento de ativação de movimentos sociais e culturais como a luta dos
direitos humanos, feministas, ambientalistas, etc. Na educação, a participação
em comunidades virtuais de debate e argumentação encontra um campo fértil a ser
explorado.
Por essa
complexidade de funções, as redes sociais virtuais são canais de grande fluxo
na circulação de informação, vínculos, valores e discursos sociais, que vem
ampliando, delimitando e mesclando territórios. Entre desconfiados e
entusiásticos, o fato é que as redes sociais virtuais são convites para se
repensarem as relações em tempos pós-modernos.
Apesar
de uma grande massa ainda não fazer parte desse mundo digital, o número de
conectados cresce a cada dia e a participação em comunidades virtuais tem se
tornado um hábito no cotidiano dos internautas. Elas permitem que grupos de
pessoas se relacionem no ciberespaço através de laços sociais, em que há
interesses compartilhados, sentimento de comunidade e perenidade nas relações. E
a educação formal tem de tirar proveito disso.
A informação e o conhecimento
– passaportes essenciais para a inovação – estão em todas as esferas e áreas,
são considerados essenciais tanto do ponto de vista acadêmico quanto
profissional e, quando transformados pelas ações dos indivíduos, tornam-se
competências valorizadas, gerando benefícios sociais e econômicos que estimulam
o desenvolvimento.
A nova onda das redes sociais
profissionais vem consolidando a utilidade dos relacionamentos virtuais. Redes
como a Linkedin, que tem mais de 70
milhões de usuários cadastrados em todo o mundo, e a brasileira Indica, que surgiu a partir da
inspiração da concorrente internacional, são uma espécie de evolução das
ferramentas Orkut, Facebook e Twitter, só que dirigidas ao mercado corporativo.
Nas redes profissionais, em vez de um perfil descolado e uma vasta coleção de
amigos para todas as festas, o que conta pontos é ter um bom currículo e uma
rede de contatos eficiente para procurar e oferecer trabalho.
Um
similar de Facebook acadêmico é a aposta de cientistas e pesquisadores para
trocar artigos, informações e experiências. O ResearchGate, criado em 2008
pelo médico alemão Ijad Madisch, ultrapassa dois milhões de usuários em todo o
mundo – 50 mil deles brasileiros. O principal objetivo da rede é oferecer a
oportunidade de discutir tópicos específicos em grupos online, baixar
publicações e pesquisar em sete diferentes bancos de dados ao mesmo tempo, além
de os profissionais poderem procurar empregos fora do país e se informar sobre
conferências internacionais. A ideia surgiu da necessidade de conectar pessoas
da mesma área de atuação – a maioria hoje é de medicina e biologia – e saber o
que está sendo produzido dentro e fora do país de origem. Para entrar, não é
preciso convite, e o cadastro é grátis. O usuário deve informar os dados
profissionais, a produção científica e os tópicos de interesse.
Em
março de 2011, o estudante de geografia da Universidade de São Paulo (USP) José
Maria Rigoni Junior, de 29 anos, criou um site de relacionamento para
professores. O Profescola tem dois
principais objetivos: provocar discussões entre docentes que têm pouco – ou
quase nenhum tempo – para se atualizar e funcionar como um site de contratação.
Para Rigoni, é possível discutir vários temas e o professor pode se mostrar
mais verdadeiro, o que deve ajudar profissionais de modo geral. Atualmente são
mais de dois mil educadores cadastrados de todo o país. Para participar é
necessário preencher um cadastro com nome, endereço, e-mail, função, currículo
e criar um login e uma senha. O site possui ainda ferramentas com avaliações de
diversas disciplinas que servem para os docentes testarem o nível de
conhecimento e terem um norteador da carreira. Também, por meio do Profescola,
é possível divulgar eventos escolares e preparar provas. Na página de
comunidades, os educadores trocam ideias em áreas de conhecimento como
história, química e física e debatem muitos temas.
Inspiradas
por essas iniciativas, as IESs precisam estar sintonizadas com os novos tempos
e incorporar ao seu arsenal pedagógico ferramentas que os jovens já dominam.
[1] Maria Inês Tomaél é doutora em Ciência da
Informação, Adriana Rosecler Alcará é mestranda em educação pela UEL. Ivone
Guerreiro Di Chiara é mestre em Administração de Bibliotecas.
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