Prof. Roney Signorini
Assessor e Consultor Educacional
roney.signorini@superig.com.br
Assessor e Consultor Educacional
roney.signorini@superig.com.br
Desde quando
deixaram de existir os currículos mínimos dos cursos – então apresentados por
Resoluções do extinto CFE (Conselho Federal de Educação), os quais traziam um
rol de disciplinas a ofertar, com ementas “mínimas” – e o surgimento das NDCs (Novas
Diretrizes Curriculares), muita coisa mudou no cenário da oferta dos componentes
e conteúdos. Há quem chame de Matrizes Curriculares.
Algumas já
decenárias, outras nem tanto, provocam o bom senso do que devem conter os
programas em todos os cursos de graduação, inclusive os tecnólogos, para fazer
frente à boa formação, atualizada e contemporânea, de forma a dar sustentação
para a empregabilidade. Isso, sem se falar no que o candidato ao Enade deve/precisa
ter aprendido para responder com suficiência as baterias de testes propostos.
Currículos e
conteúdos sempre foram grande desafio para as IES, predeterminados sob consenso
que espelham o projeto institucional e que devem ser estruturados, exatamente
consensualmente, pelos membros integrantes de departamento, em reuniões ao
menos anuais de maneira somatória, para constituir uma arca de conhecimento a
ser oferecida e assim buscar o fim precípuo da universidade. Deve-se desenhar
também o que será preocupação contida nas Atividades Complementares, que
atuarão subsidiariamente sobre o currículo, lógica e organizadamente, para cerzir
a intra e transdisciplinaridade. E porque tudo envolve conteúdos, os TCCs não
podem exorbitar a tal ponto que tomem o alunado em histeria e ela chegue a tal
ponto, que em muitas IES os TCCs beiram a ansiedade incontrolável, de torná-los
uma pré de pré-dissertação, sem um bom encaminhamento dessa tarefa, com rigor, aos
moldes e padrões fundados em metodologia científica.
Aliás,
padecemos da falta de currículos e conteúdos desde o Fundamental passando pelo Médio
em todo o país, existindo em alguns Estados e faltando em outros. Onde existam,
não há semelhanças de conteúdos, indicando alguns predicativos: desinteresse,
negligência ou desídia, talvez despreparo diretivo, quem sabe do próprio corpo
docente das escolas, para não falar da ausência de regramento das secretarias municipal
e estadual de Educação. E veja o leitor que o Enem tem cunho nacional. Assim,
vamos à deriva em todos os quadrantes do país.
Fato é que
no superior, fase terminal para o preparo ao mercado de trabalho, também existe
resistência na formulação dos conteúdos, cada um achando que não há muita
propriedade nas NDCs, ou obsolescência de temas/assuntos a discutir no
andamento do curso. Então, diretrizes curriculares são abstracionismo ou
realidade, é sugestão ou um magister
dixit do CNE?
A ausência
de conteúdos bem determinados pressupõe alguns equívocos a partir da
dosimetria, das cargas horárias das disciplinas, sejam quais forem, sobretudo
se adotado um título/nome genérico como, por exemplo, Língua Portuguesa I,
Língua Portuguesa II e daí por diante. Escolas há que publicam os currículos,
mas sem os conteúdos respectivos como que a ocultá-los deliberadamente e assim não
deixar ao uso da concorrência. Discussão de currículos e conteúdos é dever de
casa para o docente, a cujas reuniões não pode ausentar-se. Nesse trabalho deve-se
agregar o novo que bibliografias recentes trouxeram à tona ou foram motivo de
congressos e fóruns. E dê asas aos conhecimentos, caso a dissertação ou tese
seja o fulcro da disciplina assumida. Caso contrário, simplesmente “persiga” o
conteúdo determinado.
Definitivamente,
conteúdo é tudo e não basta estar depositado nas secretarias do curso, antes
deve ser exercido na plenitude sem o que a bússola não terá um norte magnético.
Por
extensão, reflitamos sobre a produção de conteúdos e sua relevância que ora
domina a web, quando dentro do contexto da otimização de sites e do
planejamento estratégico do marketing digital, como um todo,
o conteúdo constantemente é apontando como uma das principais estratégias,
senão a principal.
De fato, o
conteúdo representa uma das estratégias mais seguras na geração de
relacionamentos, principalmente em EAD. Porém, não é qualquer conteúdo que gera
engajamento, isto é, o seu conteúdo precisa ser único e incrivelmente relevante
para a sua audiência (aula/alunos). Conteúdo relevante é todo aquele que
imanta, que terá utilidade operacional no presente e no futuro. E por incrível,
todo aluno percebe isso a partir do primeiro ano do curso. Já é tarde mas é
preciso parar de falar os nomes dos afluentes da margem esquerda e direita do
Rio Amazonas. Quem quer saber busca no “Tio Google”.
Também por aproveitamento,
leia a importância do buzz(burburinho)
marketing estreitamente relacionado
com conteúdo no site http://pt.wikipedia.org/wiki/Buzz_marketing
Parabéns se
você já utiliza ferramentas de MKT em suas aulas, adaptando os quatro (?) Ps (Produto-Preço-Praça-Promoção) em
cada sessão. Com boa reputação e certeza suas exposições estão indo parar nas conversas
das mesinhas da praça de alimentação da escola.