Prof. Roney
Signorini
Assessor e Consultor Educacional
roney.signorini@superig.com.br
Assessor e Consultor Educacional
roney.signorini@superig.com.br
É um
fantasma que assusta a todas as IES, desde suas fundações e as acompanha ano a
ano, sem dar tréguas com sustos enormes.
De acordo
com dados do Inep, a taxa anual média total de evasão no ensino superior
brasileiro oscilava de 20 a 26% mas nos últimos anos beira a 33% no presencial.
Mais do que preocupante, podemos estar a um passo de desmanches institucionais.
A evasão
anual é maior nas IES privadas, cuja taxa média variou de 26% contra 12% das
IES públicas. Entre as públicas, as municipais respondem pela maior taxa de
evasão anual, enquanto as comunitárias e confessionais mostram uma taxa maior
que as particulares, entre as privadas.
A taxa de
evasão anual verificada nas faculdades (29%) foi quase duas vezes
maior do
que a observada nas universidades (19%) e centros universitários (19%). O
volume Brasil é de 25%.
No mundo
há os registros porcentuais de Japão 07, Turquia 12, Inglaterra 17, Coréia 22, Alemanha
30, México 31, USA 34, França 41, Suécia 52 e Itália 58,.
Pelo visto, é um fantasmão internacional, e claro, que preocupa as privadas, embora todas saibam intimamente os motivos que iniciam pela imprópria aplicação de um seletivo mal cuidado, porque há pressa em interiorizar os candidatos em detrimento da concorrência, .quando sabidamente as perdas de estudantes que começam mas não terminam o curso geram desperdícios sociais, acadêmicos e importantemente econômicos com perda de receitas. No setor público, nem se fala quanto ao retorno. A situação/condição provoca ociosidades de ponta a ponta: professores, funcionários, espaços físicos e equipamentos.
Preencher
as vagas é condição fundamental para a sustentabilidade do projeto acadêmico
institucional, mas é preciso ir além e buscar o melhor aluno possível, aquele
mais preparado para aprender e para contribuir como discente, envolvendo-se com
a sua formação até o final, sem evadir. E eis que está começando nova temporada
de vestibulares/seletivos. Com certeza, com os mesmos vícios e afoitismos.
Inseridas num contexto altamente
competitivo as universidades americanas implantaram departamentos de
recrutamento, de admissão, de orientação financeira, de egressos, dentre outras
estruturas, criaram estratégias e táticas e aprenderam a captar e a manter os
melhores alunos possíveis. Atualmente elas contam com alunos do mundo inteiro.
No Brasil vivenciamos o mesmo contexto competitivo, mas a maioria das IES ainda
não conta com uma gestão capaz de cuidar de todo o processo de captação e
principalmente de retenção de alunos, indo até a implantação de uma política de
egressos eficaz.
(Visite o site www.consae.com.br)
(Visite o site www.consae.com.br)
A
rigor, a evasão não se dá uniformemente ao longo dos anos em razão das curvas
sócio-econômicas mas os registros informam as diversas razões como
cancelamento, trancamento, transferência e desistência, embora os dados sejam
imprecisos porque falta fidedignidade, os quais devem(riam) ser coletados com
precisão pelas IES, em seus próprios proveitos. Algumas IES brasileiras, não
todas, já possuem importantes ações neste sentido, o que demonstra que estão no
caminho e cuidando da gestão.
Evasão
não é resultado obtido isoladamente sem o cotejo de variáveis como a
da
inserção geográfica na região, no estado e no município, se a instituição é
pública ou privada, passando pela forma de organização acadêmica e
principalmente por área do conhecimento e por cursos.
Evasão no EAD
O
Mapa do Ensino Superior, elaborado pelo Semesp, indica que a evasão nos cursos
modalidade EAD, em 2011, atingiu a cifra de 42%, representando um crescimento
de 8% em relação à evasão do ano anterior.
Neste
segmento existem outras preocupações e motivações embora o valor da mensalidade
seja aquém do presencial. Importa saber com boa pesquisa as reais razões embora
sinalizações fornecidas pelos próprias alunos indiquem despreparo intelectual,
falta de disciplina/comportamento frente à novidade, determinação pessoal,
carências de equipamentos, não existência ou não frequência aos polos
presenciais, postura solitária ( sem grupos ).
Se
a evasão nos presenciais é preocupante, o que não dizer dos cursos em EAD ?
Enquanto
isso, o bônus demográfico está passando ao largo, suscitando medidas urgentes
de inovação porque o mundo está mudando eixo e órbitas.
Lembrando
ainda que hoje, hoje, temos cerca de 8 milhões de estudantes na porta do Enem
se conduzindo para 2 milhões de vagas superiores. Isso hoje.
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