Prof. Roney Signorini
Assessor e Consultor Educacional
signorinironey1@gmail.com
Assessor e Consultor Educacional
signorinironey1@gmail.com
Deixei
aqui neste blog um artigo com o mesmo título deste.
Tratava
de assunto sobre o qual me dedico atualmente com grande interesse:
inovação.
Fui contemplado com a atenção de um comentário por missivista um tanto
inconformado, daí hoje voltar ao tema.
Convém
transcrevê-lo para oferecer sustentação pontual ao comentário:
“O artigo poderia ter explorado melhor a questão dos desafios que a inovação provoca e que precisam ser enfrentados de uma outra forma, onde a regulação não seja tão presente e a flexibilidade dentro das salas de aula seja maior, uma vez que hoje, as fronteiras do mundo em todos os seguimentos foram rompidas com o advento e a evolução constante da tecnologia.
Nossos ministros ainda estão vivendo o padrão do modelo francês, importado pela USP, que instalou e nele se fortaleceu.
A insistência da não aceitação do novo é mais forte dentro do poder público(que “amarra” os pesquisadores nos intramuros das universidades), do que talvez do próprio setor produtivo,(que prefere comprar o que está pronto, pois o investimento é menor)já que a pesquisa precisa ter consonância com o tempo e o mundo, e não pode ficar ad eternum para ser incorporada pelo mesmo. Esse é um dos motivos do não avanço tecnológico na produção.
Estamos anos luz longe dos que “vendem” tecnologia, pois demoramos muito para entender que somente o academicismo não gera produtividade.
Veja que o próprio agente de fomento inovador (o professor), está preso a modelos ultrapassados, que não levam o educando a ter uma formação mais adequada para o hoje e o amanhã. Ou seja, não há aceite do mundo do conhecimento sem fronteiras. Obrigado”
Sublinhei
no texto o que me pareceu relevante
abordar agora, especialmente quanto à educação.
A
inovação na educação provoca, suscita, a utilização de tecnologias de
informação e comunicação(TICs) na prática docente, requer prover os alunos com
computadores, exige laboratórios de informática, cobra a substituição de aulas
expositivas por trabalhos em grupo e sobretudo um trabalho em EAD, uma vez que
o conhecimento não tem mais quaisquer fronteiras.
É
preciso estabelecer conceito de inovação na educação superior como um conjunto
de alterações que afetam pontos-chave e eixos constituintes da organização do
ensino, provocadas e resultantes de mudanças na sociedade e por profundas
reflexões quanto à missão da educação. Sem um norte corre-se o risco de
divagar, ficar à deriva com elucubrações.
Os
objetivos educacionais devem ser explicitados num consistente projeto
pedagógico de curso ou de instituição, considerando as novas exigências da
sociedade, passando sempre por reorganização e flexibilização curricular e assim
atender as novas exigências do projeto pedagógico, bem como de novas metas
educacionais. Adicione-se a isso a necessidade de constantemente propor uma
reconceituação da presença de disciplinas – componentes curriculares –
escolhidas em função dos objetivos formativos pretendidos, atuantes, como
integradoras nas atividades curriculares e evitando com isso o isolamento e a
fragmentação do conhecimento.
Ainda
falta acrescentar e dar primazia à substituição de metodologias tradicionais
por aquelas que alcancem os objetivos educacionais, permitindo a participação
do aluno em todo o processo de aprendizagem. É tarefa árdua.
Quanto
à regulação, o setor está quase exaurido por confrontos com as autoridades que
insistem em transformar o processo num cipoal de normas que tira o foco
administrativo das instituições, que comprometidas com a finalidade a que
vieram estão constantemente absorvidas com situações periféricas de
avaliações
despropositadas, senão injustas e ilegais, ao desrespeito ao Sinaes.
Ainda
há muita resistência à aceitação do novo, predominante no setor público,
que
desconsidera alterações decorrentes das mudanças sociais, impondo ao sistema
universitário nacional uma organização de modelo francês. Senão desatualizado,
inoperante frente à era pós-industrial que visa explorar novas tecnologias com
a informática, atividades fora do espaço da sala de aula.
Inaceitar
e recusar a substituição do professor ministrador de aulas e transmissor de
informações por aquele que deve exercer a mediação pedagógica numa relação de
parceria, e corresponsabilidade com seus alunos,
com
trabalho em equipe é mister da atualidade. Mas isso requer revisão de
infraestrutura para apoio a projetos inovadores, sobre o que, parece, o governo
não quer falar.
A
partir do momento que se reconhece outra grande característica da inovação,
como sendo o estabelecimento de parcerias com o desenvolvimento, de fortes
vínculos entre as organizações (setor produtivo/produção ) e a universidade,
com linhas de cooperação sem o individualismo desses dois atores, inovação
deixará de ser apenas uma palavra para se colocar como fim em si mesma. Uma
consequência de ações.
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