O cluster é um agente de
desenvolvimento econômico regional caracterizado por proporcionar vantagens
competitivas através da sinergia e do compartilhamento de recursos através de
uma rede de negócios.
Discutindo o papel dos cursos superiores
de tecnologia no
sistema de cluster, refletindo sobre a importância da
formação de tecnólogos (graduação tecnológica) para o
desenvolvimento desses aglomerados empresariais (clusters).
sistema de cluster, refletindo sobre a importância da
formação de tecnólogos (graduação tecnológica) para o
desenvolvimento desses aglomerados empresariais (clusters).
Quem faz sucesso não é a empresa, e sim as pessoas que estão inseridas nela.
A união dostalentos é a ferramenta essencial para obtenção da sinergia.
Prof.
Roney Signorini
Assessor e Consultor
Educacional
roney.signorini@superig.com.br
roney.signorini@superig.com.br
Desde
o final do século XX e em particular nos tempos atuais, o conceito de cluster, aglomeração geográfica de
empresas interconectadas de segmentos específicos e/ou correlatos, tem chamado
a atenção de governos e estudiosos. O cluster
surgiu como uma solução para questões relativas à competitividade das nações em
fatores tais como a geração econômica. Devido ao êxito competitivo obtido por
esses arranjos produtivos locais (APL), como o cluster é aqui chamado, vem tendo um forte impacto sobre as
oportunidades de emprego, em especial nos países emergentes como o Brasil.
Num
cenário de limitações à implementação de política industrial e tecnológica em
âmbito nacional, os clusters assumem
relevância, pois promovem investimentos, crescimento econômico, aumento de
emprego, exportações e desenvolvimento tecnológico específico. Uma vez que um cluster começa a formar-se, um ciclo
autorreforçante promove o seu crescimento, especialmente quando instituições
locais auxiliam e onde a competição local é vigorosa. À medida que ele se
expande, a sua influência sobre o governo e as instituições públicas e privadas
também se expande. Segundo José Pereira Mascarenhas Bisneto, “um cluster em crescimento significa
oportunidades, pois sua história de sucesso ajuda a atrair os melhores
talentos. Os investidores tomam conhecimento e indivíduos com ideias ou
habilidades relevantes migram de outros lugares. Os fornecedores especializados
surgem, a informação se acumula, a força e a visibilidade do cluster aumentam”.
Se a sinergia consiste no esforço coordenado,
simultâneo e constante de algumas pessoas, que se unem para realizar uma tarefa
de forma mais produtiva, resolver um problema ou atingir um objetivo comum a
todos eles, os clusters são seu meio
ambiente, seu ecossistema.
Dorival
Jesus Augusto, do IMEMO (Instituto da Memória Empresarial -
http://www.empresario.com.br/memoria/fotos/683.gif), alerta que “a complexidade
do universo empresarial torna praticamente inviável a sobrevivência a longo
prazo de negócios que ficam centrados apenas em uma atividade-fim, alheios à
evolução mercadológica”. Segundo ele, uma percepção aguçada das carências do
mercado permite descobrir novos meios de atuação dentro do próprio segmento e
explica o sucesso de empresas que marcam presença há muitas décadas, desafiando
e superando todos os obstáculos impostos pela turbulência econômica do Brasil.
O
atual cenário econômico global exige esforços na definição de prioridades e
empenho em propiciar cada vez mais atividades colaborativas, sinérgicas, o que
proporciona uma reflexão sobre como é fundamental melhorar os níveis de
educação e capacitação, desenvolver tecnologia, aperfeiçoar as instituições e
possibilitar o acesso aos mercados de capitais, demonstrando de forma objetiva
a importância da formação de tecnólogos (graduação tecnológica) para êxito dos clusters.
O sucesso das aglomerações geográficas de empresas (clusters) originou-se em um contexto de intensa reestruturação industrial, verificado em âmbito internacional, especialmente nos países desenvolvidos e também em regiões distintas do Brasil com incalculável potencial de crescimento, devido à nossa dimensão territorial e diversidade ambiental e cultural. Em São Paulo, exemplos desses APLs são o polo moveleiro de Mirassol; o de joias de São José do Rio Preto; o de bijuterias de Limeira e tantos outros.
O processo de
reestruturação industrial foi marcado pelo aprimoramento tecnológico de
produtos e processos de produção, em decorrência de inovações baseadas na
microeletrônica e nas tecnologias de informação (TI), nas quais se baseia o cluster, produto das transformações das
últimas décadas do século XX, chamada de informacional, global e em rede. É informacional
porque a produtividade e a competitividade de unidades ou agentes nessa
economia (sejam empresas, regiões ou nações) dependem basicamente de sua
capacidade de gerar, processar e aplicar de forma eficiente a informação
baseada em conhecimentos. É global porque as principais atividades produtivas,
o consumo e a circulação, assim como seus componentes (capital, trabalho,
matéria-prima, administração, informação, tecnologia e mercados) estão
organizados em escala global, diretamente, ou mediante uma rede de conexões
entre agentes econômicos. É rede, porque, nas novas condições históricas, a
produtividade é gerada, e a concorrência é feita em uma rede global de
interação entre redes empresariais.
Em outras palavras, a grande necessidade na atualidade
organizacional é procurar que as atividades ganhem expressão, estendendo-se e
abrindo mercados por meio de sinergias, que ocorrem porque mantêm áreas muito
próximas e inerentes ao eixo principal. Coexistindo como áreas afins, são áreas
que precisam ser adicionadas para a busca do ganho de escala. O mundo
educacional está aberto para se transformar num gigante de sinergias, de
preferência com clusters originais,
sejam exo ou endógenos.
As Universidades estão pensando em criar clusters ou operacionalizar sinergias, o
que vem acontecendo no mundo empresarial/industrial com enorme sucesso?
Para
espanto da plateia e na contramão das necessidades do país, na última
segunda-feira, o governo federal impôs limite de vagas por instituições
privadas para o Pronatec. A medida, associada às “trapalhadas” no Prouni e no
Fies, deflagradas estes dias, asfixia ainda mais o setor e prejudica a formação
de mão de obra que poderia alimentar os clusters.
A mesma medida determina, ainda, que, no caso de
instituições privadas de ensino superior, os cursos técnicos poderão ser
disponibilizados apenas onde houver a oferta de pelo menos um curso superior
correlato.
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