À medida que vamos dando mais importância e desenvolvendo
mais interesse no universo da criatividade humana, por lógico, vem crescendo
bastante a bibliografia sobre o assunto, e já encontramos boas leituras não só para
os iniciantes, mas também para os que dominam o assunto e correm atrás de
aperfeiçoar o conceito associadamente à ideação e à inovação.
O que ainda falta falar ou escrever é sobre quanto, como e desde quando, no Brasil, a ausência dessa preocupação sistematizada vem prejudicando as diversas gerações, salvo para os que criaram interesse e, portanto, procuraram pelo autodidatismo.
Fosse possível fazer uma pesquisa adotando-se um checklist para saber no que e como as autoridades governamentais erraram, negligenciaram na educação por décadas, as respostas já evidenciariam aquilo nas mesmas décadas, em outros países: a evolução com o agregado do estudo e aplicação exponencial da criatividade. Tivéssemos feito isso, poderíamos ter colocado o país em outros patamares sociais, culturais, econômicos, etc.
Será que a carência desse conhecimento não tem intimidade com a insuficiência de aprenduizados na escola, inclusive até mesmo a justificar os baixos IDHs nacionais, a baixa performance em certames internacionais como o PISA?
O ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, quando no MEC, escolheu a socióloga Helena Singer para ser a ponte entre o MEC e o universo das experiências inovadoras em educação. “A ideia é buscar que tipo de inovação deve se tornar referência, mapear o que é preciso multiplicar e fortalecer mutuamente os projetos pelo contato entre eles”, explica Helena, que avisa: pretende dar visibilidade a projetos radicais.
“A inovação parcial, incremental, vem ganhando força, mas quero falar de experiências que radicalizem a forma de organizar o tempo, que trabalhem o espaço de modo totalmente diferente – como a de escolas que não estruturam mais o currículo em cima de aulas convencionais de 50 minutos nem usam carteiras enfileiradas de frente para a lousa”, diz a socióloga. “A estrutura fechada de tempo-espaço ainda é o padrão usado pela maioria das escolas, públicas e privadas. As pessoas sabem que isso não funciona, mas não conhecem outras formas de fazer.”
Infelizmente Janine Ribeiro teve uma passagem meteórica pelo MEC, mas soube-se por primeiros levantamentos que existiam perto de 178 escolas do ensino básico que já adotavam algum tipo de inovação e criatividade.
Não sem razão, a dificuldade de adotar soluções inovadoras em massa num país com 49,8 milhões de matriculados da creche ao ensino médio, dos quais 40 milhões estudam na rede pública, é tarefa das mais hercúleas, que sem financiamento não saem do papel e vão com o vento numa primeira lufada.
Um grande otimismo, tipo “agora a coisa vai” tomou conta
dos operadores da educação quando Janine Ribeiro baixou a Portaria 751, de 21
de julho de 2015,
Instituindo o Grupo de Trabalho responsável pela orientação e pelo acompanhamento da iniciativa para Inovação e Criatividade na Educação Básica do MEC, tendo à frente Helena Singer.
Alguns meses mais tarde, Aloizio Mercadante reassume o MEC e dessa vez baixando a Portaria 1.154, de 25 de dezembro de 2015, que instituiu a Comissão de Orientação e Acompanhamento da Iniciativa para Inovação e Criatividade na Educação Básica do MEC.
Tudo igual, mas não semelhante. Hoje, nenhuma dúvida que puxaram o breque de mão. Hoje, a bola da vez é a Base Curricular Nacional quando já se passaram quase dois anos do PNE. Alguns otimistas acham que dá pra finalizar a questão do currículo até dezembro. Sectário, não creio.
Instituindo o Grupo de Trabalho responsável pela orientação e pelo acompanhamento da iniciativa para Inovação e Criatividade na Educação Básica do MEC, tendo à frente Helena Singer.
Alguns meses mais tarde, Aloizio Mercadante reassume o MEC e dessa vez baixando a Portaria 1.154, de 25 de dezembro de 2015, que instituiu a Comissão de Orientação e Acompanhamento da Iniciativa para Inovação e Criatividade na Educação Básica do MEC.
Tudo igual, mas não semelhante. Hoje, nenhuma dúvida que puxaram o breque de mão. Hoje, a bola da vez é a Base Curricular Nacional quando já se passaram quase dois anos do PNE. Alguns otimistas acham que dá pra finalizar a questão do currículo até dezembro. Sectário, não creio.
De prático e de práticas, que é o combustível da criatividade, até agora nada de firme, bom e valioso para nossa meninada.
Exceção para exatas 178 instituições educacionais entre organizações não governamentais, escolas públicas e particulares, foram reconhecidas pelo Ministério da Educação como exemplos de inovação e criatividade na educação básica. Interessado em identificar e conhecer iniciativas inovadoras para saber em que medida elas podem contribuir para a melhoria da qualidade da educação brasileira, o Ministério da Educação lançou chamada pública em setembro passado, à qual se apresentaram 682 entidades.
Depois de criteriosa avaliação, a seleção foi realizada. Constam da lista 138 instituições que já trilham um longo caminho na prática da inovação e 40 organizações que estão caminhando na direção da inovação com vistas a garantir qualidade à educação oferecida. O Ministério vai acompanhar o desenvolvimento de todas.
As organizações selecionadas traçam o perfil da inovação na educação do país. Elas estão presentes nas cinco regiões brasileiras e sua distribuição corresponde à da população: mais da metade (50,8%) estão na Região Sudeste, seguida da Região Nordeste (21,9%), Sul (13,7%), Centro-Oeste (8,7%) e Norte (7,6%).
A maioria dos inscritos foram escolas, tendência que se repetiu entre as selecionadas: 74,3% são escolas e as demais 25,7% são organizações educativas que atuam na formação de crianças, adolescentes e jovens, algumas com foco específico em cultura, comunicação, tecnologias digitais ou educação ambiental. Entre elas, 52,5% são públicas e 47,5% são particulares.
[*] Uma lista de verificação, um tipo de ajuda de trabalho, informativo usado para reduzir a falha , compensando possíveis limites do humano de memória e atenção. Ele ajuda a garantir a consistência e a integridade na realização de uma tarefa. Um exemplo básico é a "lista por fazer".
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